Carpas coloridas no jardim
Quando nos propomos a criar no quintal um sistema
de aquaponia ou hidroponia orgânica, pensamos
muito sobre a participação dos peixes nesse processo.
Já criamos nos tanques do jardim várias espécies
de peixes. Tivemos jundiás e tilápias com a finalidade
de consumo e produção de adubo natural nitrogenado.
Mas, e os nossos amigos peixes?
Aí a gente cria o bichinho com todo o
carinho e um dia:__come ?
Já vi isto acontecer duas vezes, por dois motivos:
Primeiro que a opção de biosustentabilidade era
produzir no quintal uma fonte de proteína.
Segundo, influenciada pelos comentários
dos amigos;que cobravam a finalidade dos peixes
"E aí, quando vamos comer estes peixes?"
Parece obvio que isto é o que deveria acontecer,
mas, isto não chegou a me contentar...
Não cheguei a provar do peixe que criei...
Então, a última vez que despescamos e os tanques
ficaram vazios, resolvi que não colocaria mais peixes
que iam despertar nos observadores a vontade de
vê-los fritos, mas sim, que invocassem um outro
patamar de experiências: Contemplação...
Por isso optei por colocar desta vez, carpas coloridas.
Observar estes peixes nos traz sentimentos de paz
e tranquilidade, sem falar na docilidade deles
ao se acostumar com o tratador,
demonstrando reconhecê-lo.
Mas, e quando elas crescerem tanto que se torne
inviável sua permanência nos tanques?
Já tenho na agenda um telefone de um senhor
que tem na chácara um lago e então iremos
mandar para lá aquelas que alcançarem
determinado tamanho. Pena que elas nunca
vão reproduzir, pois criados em laboratórios,
os alevinos que encontramos para comprar
são sempre e apenas machos revertidos,
sem uma fêmea para a reprodução.
E a fonte de proteína no nosso quintalzinho?
Que nos contente as folhinhas verdes e nutritivas
do ora-pro-nobis,
que afinal das contas, tem quase tanto
proteína biodisponível quanto a carne!
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